sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Doação de fígado

Eu peguei uma hepatite A aguda que ativou um processo auto-imune, onde o fígado passa a ser rejeitado pelo meu corpo.
A solução existente é através de um transplante, que pode ser de cadaver (eu já estou listado no Rio Transplante) ou de doador vivo.
No doador vivo é retirado metade do fígado e implantado no receptor. O fígado no doador se regenera em 1 mês, estando o doador totalmente recuperado nesse período.
Para ser doador é necessário uma série de exames para identificar a compatibilidade e a capacidade de doar.O primeiro requisito é a compatibilidade sanguínea, que no meu caso pode ser dos tipos A+, A-, O+ ou O-.
Quem puder me ajudar entre em contato pelo e-mail (fjnavega@...) ou pelo telefone 9181-0981

Agradeço a todos
Francisco Navegantes

Mudanças á vista!!!!!!

Por Bia Barbosa, da Carta Maior


Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. "Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois", sentenciou Arnaldo Jabor. Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.



Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que

os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.



A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.



"Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba", acredita.



"O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV", diz.



A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão - um direito a que, acreditam, o PT também é contra.



"O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos", declarou o filósofo Denis Rosenfield. "A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão", completou Magnoli.



O tal ataque

Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado "autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante" pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.



"Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa", avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.



"Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo", lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. "A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida", disse, num momento de desespero.



O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. "Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável", garantiu.



Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.



"O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos.. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa", explica.



O "risco Dilma"

Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma "autonomia bonapartista" em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.



"O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos", afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor.

"Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo", alerta Jabor.



Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado.

"Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer", afirma. "Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante", admite.



Hora de reagir

E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira.



Sair da abstração literária e partir para o ataque.

"Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença", alertou Demétrio Magnoli.



"Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva.

Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva", disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.



"Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura", prevê Reinaldo Azevedo.



Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira, 09/08/10.


Enviado por Maria Inês em 23/08

sábado, 14 de agosto de 2010

E o pré-sal...


Greenpeace protesta em São Paulo contra vazamento da BP
Desde o início do vazamento de óleo nos Estados Unidos, o escritório do Greenpeace no país acompanha de perto o desastre, apoiado por outros escritórios da organização pelo mundo. Na semana passada, foi a vez do Greenpeace Brasil se manifestar contra a atuação da BP.

Ativistas do Greenpeace simularam um vazamento de óleo em frente ao escritório do grupo BP em São Paulo. O protesto criticou o desastre ambiental provocado pela explosão de uma plataforma de petróleo da empresa no Golfo do México. Criticou também os riscos de continuar a investir em energias fósseis - o que demanda ir cada vez mais longe e mais fundo para encontrá-lo.
A ação simulou um derramamento de óleo utilizando quatro barris cheios com uma substância preta - mistura de farinha com tinta não tóxica e lavável - onde foram jogados bichos marinhos de pelúcia, em referência à fauna ameaçada no Golfo. Uma placa que dizia “BP hoje, pré-sal amanhã” foi afixada para pontuar os perigos de se explorar petróleo em alto mar. Atualmente, essa tecnologia é inédita e os riscos de acidentes a 7 metros de profundidade são imprevisíveis.
Empresa que desmata dá tiro no pé...
Desmatamento IndonésiaEm 25 de março, pedimos apoio para que a Nestlé parasse de comprar óleo de dendê da Sinar Mas para produzir seus chocolates, como o Kit Kat. A Sinar Mas desmata florestas tropicais na Indonésia para plantar dendezeiras. Encurralada, a empresa contratou uma auditoria para tentar contradizer nossos dados. O resultado, no entanto, mostra justamente que eles ainda deixam seus rastros de destruição na floresta. 
Notícia Greenpeace-cyberativismo.
13/08/2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Dinheiro de sangue

Testemunho de Gianna Jessen- sobrevivente de um aborto - parte 2

Testemunho de Gianna Jessen- sobrevivente de um aborto - parte 1

Propaganda é a Alma do negócio

Olá caros Leitores (os cinco sobreviventes),

Este é um post comentado de um post de outro blog que recebi por email. Gostaria de poder dizer que farei uma análise coerente e justa sobre todos os aspectos tratados no texto. Mas a verdade é que só um aspecto me interessa dessa vez. No próximo post, colocarei o texto brilhante de Reinaldo Azevedo para o deleite de vocês.

Para familiarizar os amigos leitores segue a introdução do próprio Reinaldo Azevedo.

"O Fantástico levou ontem,(01/08), ao ar uma longa reportagem que fez a defesa sub-reptícia da legalização do aborto, embora não se tenha tocado nessa expressão em nenhum momento. Escolheu-se o chamado método do terrorismo didático: convencer pelo horror. Câmeras escondidas flagraram clínicas clandestinas e carniceiros variados para evidenciar que, proibido embora — exceto em caso de estupro e risco de morte da mãe —, o aborto é feito à larga. O corolário restou subjacente: se é assim, a proibição é uma hipocrisia e se legalize de vez a prática para preservar a saúde das mulheres. A tese é ruim. Que outras ilegalidades deveriam ser tornadas legais já que a gente não pode mesmo coibi-las totalmente? Levada a tese ao limite, em vez de combater os criminosos, as sociedades deveriam legalizar o crime. Tudo seria da lei. Voltaríamos ao estado da natureza. E deixo de barato que a defesa da “saúde da mulher” ignore, no caso, a vida do feto."

Nesse caso, vou agora explicitar meu interesse pelo post. Não que Reinaldo Azevedo não tenha escrito brilhantemente sobre a prática do Aborto no Brasil, sobre a defesa a vida e outros. Entretanto, em anos de leitura, raramente se fala sobre um assunto silencioso e desconhecido : o pânico moral. Então,  meu objetivo é retirar do texto de Azevedo as informações que sugerem esse movimento na mídia brasileira, e perceber se somos realmente capazes de identificá-lo. Eu, sou estudante , e mesmo assim não me vejo plenamente capaz de fazê-lo. Exemplifico também que pessoas que eu admiro intelectualmente raras vezes percebem o ocorrido, antes de tomarem uma posição sobre o assunto.

 Neste ano, já vimos acontecer uma vez : o caso dos padres pedófilos deixou a mídia em polvorosa. Para continuar segue uma outra citação do texto de Azevedo :"Mas o mais constrangedor da reportagem, depois do método didático-terrorista, é a manipulação desajeitada de supostas estatísticas ou pesquisas,....(Uma em cada cinco mulheres já fizeram aborto no Brasil). De onde saiu tal formulação?"

A resposta veio a seguir. A pesquisa foi feita pela UnB. A antropóloga  Débora Diniz, se apresenta exatamente como as pessoas de bem desejam ver um cientista, ou um pensador. Fala bem, porta-se admiravelmente e joga na nossa cara informações absurdas. Para os menos avisados tudo parece  certo, e a mulher passa desapercebida de intenções que não sejam as que apresentou. Mas até a apresentação de sua pesquisa não é livre de preconceitos, exatamente como a entrevista recente dada pela Ministra Dilma Roussef. Esta,classificou o Nordeste como um lugar á parte do Brasil, e portanto desclassificou os nordestinos. A Outra, Débora, Antropóloga, decidiu que todas as mulheres do "Brasil Rural", são analfabetas. Não se sabe as notas de Debora durante a graduação em antropologia, ou seja lá o que, mas no que diz a estatística, ela colou. Nenhuma amostragem pode ser feita desse jeito. Toda amostra a ser pesquisada deve constituir uma parte representativa do todo. Se ela exclui regiões, aleatoriamente, a pesquisa dela não pode ter o valor científico a que se propõe.


"Não sabemos que medicamento é esse. O que isso significa? Um tremendo impacto na saúde pública brasileira. Quem é essa mulher que faz aborto? Ela é a mulher típica brasileira. Não há nada de particular na mulher que faz aborto”.

Em verde , é um trecho da fala da própria Débora. "Não sabemos que medicamento é esse". É só perguntar em uma farmácia que você descobre. Não precisa perder muito tempo. Você vai lá e pede "pílula do dia seguinte", ou chora e diz pro farmacêutico que você está grávida que ele vai resolver o problema. Com certeza ele sabe quais princípios ativos fazem o estrago mais bem feito. Não cito aqui o nome do remédio para não fazer propaganda.

Isto é realmente um tremendo impacto na saúde brasileira. Estamos ficando cada vez mais velhos (já que os nascituros estão evidentemente desprotegidos), promíscuos (pois só dá pra engravidar de um jeito), boêmios e doentes. Ou para alguém parece saudável matar uma criança? Parece saudável a prática do aborto, mesmo legalizado? Não é como fazer uma corrida nos fins de semana, que você fica cansado com a língua de fora e correndo o risco de arrebentar um tendão, sofrer estiramentos e etc. Isso é recuperável. Cada fim de semana de corrida pode vir a ser substituido por outro. Não se pode recuperar uma vida que já se perdeu. Não é facil recuperar a mulher que faz um aborto. Muitas mulheres abortam porque acreditam piamente que este é o único caminho. E depois passam a vida pensando como teria sido se não o tivessem feito. Psicologicamente, essa mulher é doente. Fisicamente o corpo adoece também, aos poucos.

 "Quem é a típica mulher brasileira" ? Eu achei que a resposta seria : Mulher, de 19 a 45 anos, 1,70m . Não dá pra saber se é branca, o peso, o que come, qual a sua cultura e etc. Ou talvez fosse : a mulher bonita e alegre que acolhe a todas as gentes, como no filme de apresentação da copa de 2014. Nunca pensei que a mulher brasileira tivesse um rastro de horror tão grande.

"Não há nada de particular"? Sem comentários á isso.

Então de volta ao pânico moral. Veja como Azevedo prova a diferença de informações , e a manipulação estatística feita pela mídia e a que estamos sujeitos todo o tempo. :

"7 - O que a doutora Débora entende por “mulher típica brasileira”? Ainda que fosse verdadeiro o chute de que uma em cada cinco mulheres entre 18 e 39 anos já fez aborto, isso significaria, então, 20% do total. (sic) a “mulher típica” é aquela dos 80% que não fizeram, certo? Por mais que a senhora tente transformar o aborto numa banalidade como “me passa o açúcar”, ele continua, até na sua pesquisa, uma exceção."


Compare as duas informações :
- uma em cada cinco mulheres já fez aborto. 5 milhões e 300 mil mulheres já fizeram aborto.
- 20 por cento das mulheres de 18 a 39 anos já fez aborto. 5 milhões e 300 mil mulheres já fizeram aborto.

Veja bem que truque maravilhoso. Olhando de um ângulo um pouquinho diferente .... o aborto não é assim tão difundido não é mesmo? Isto é a maneira mais fácil de colocar a população em pânico. E é a isso que se chama pânico moral. Inserir informações vazias de  sentido, que confirmam apenas o que queremos, que no caso é favorável a uma prática abominada pela sociedade brasileira.
E o "Fantástico" continuou pela mesma linha. Azevedo aí estava para nos mostrar o perigo e identificou, maestralmente uma informação digna de aplausos. Seja aplaudido de pé: 

Informação do Fantástico : “Entre 1995 e 2007, a curetagem depois do procedimento de aborto foi a cirurgia mais realizada pelo SUS: 3,1 milhões de registros”.

 3,1 milhões de curetagens em 13 anos dão uma média de 238.461 procedimentos por ano. Atenção! Perguntem a especialistas da área e eles lhes dirão: 25% das gestações resultam em abortos espontâneos. Nascem, por ano, no Brasil, mais ou menos 2,8 milhões de crianças.

Vamos supor, meus caros, só para efeitos de pensamento, que não houvesse um só aborto provocado no Brasil: aqueles 2,8 milhões seriam apenas 75% das gestações — ao todo, elas somariam 3,73 milhões. REITERO: VAMOS FAZER DE CONTA QUE NÃO EXISTEM ABORTOS PROVOCADOS. Ora, só os abortos espontâneos chegariam, então, a 930 mil por ano. Como INEXISTE NOTIFICAÇÃO NOS HOSPITAIS PARA DISTINGUIR CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO ESPONTÂNEO DE CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO PROVOCADO, chega-se à conclusão de que os quase 240 mil procedimentos po ano são um número “espantoso”, sim, Fantástico: ESPANTOSAMENTE BAIXO!


E o melhor de tudo. Algo que eu pulei de alegria ao ler e que me faz ter vontade de abraçá-lo mil vezes "
"O número significa ainda mais — e mais grave: o SUS não tem, então, estrutura para atender nem mesmo os casos de abortos espontâneos. Imaginem o que poderia acontecer, então, com um aumento da demanda em caso de legalização."


Obrigada Reinaldo. Pais e Mães, prestem atenção. Quantas vezes já se ouviu que pessoas morrem nas escadarias do SUS, nos corredores por falta de equipamento, remédios e etc. Imagine você com uma perna quebrada, Tripas de fora, um tiro ou facada, tendo que ceder a vez para uma jovem completamente saudável, disposta, e grávida  para ocupar a sala de cirurgia. Veja bem, porque é isso que vai acontecer. Poque se as grávidas forem abortar pelo SUS e entrarem no sistema de saúde, quando eles finalmente reservarem uma sala de operações a mãe estara lá pelos seus nove meses de gestação.Então o mais provável é que você deva ceder o lugar.  E outra, eu acabei de receber uma mensagem sobre o transplante de Órgãos no Rio de Janeiro onde um homem esperava um fígado a ser tranplantado, recebeu a doação do órgão e perdeu a oportunidade de se ver restabelecido por falta de equipe médica. No Hospital do Fundão. Imagine nos outros açougueiros.
Sempre vale a pena pensar duas vezes antes de falar ou opinar. Caros amigos e leitores, desculpem as ironias ao longo do texto, sei muito bem que o sarcasmo não agrada nem atrai ninguém. Se fez necessário por ora. Mais uma vez, agradeço ao Reinaldo Azevedo pela pérola. Ela é completamente acessível em seu blog.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Um grande Abraço ( Cheio de VIDA)